Do gosto não, da boca, da voz estirada. A garra firme, o corte, o vinco. Da treva sim, à larga. Virado e revirado, corpo estrangeiro. Sem forro, sem fora, a nu, posto. De lado a lado, espanto. De olho a olho, pasmo. Nume e vaga assombrosa, esfumaçada, risco do fósforo, fogo na madeira, lenha adiante. Morrer não morre, avança. Dança e corre, vira à toa. Barulho é solto, pois, acima da cabeça. Enxame, mosquitos, zumbido, só um escuro. Galho quebrado e nó do vento. Não vê a lagarta vermelha, queimado o veneno no antes, desvira em pisca-pisca de fisgada. Convulsão, saída no lugar de entrada, pensar pros lados e de revés, revelias. Sins. Ao contrário, de abismo no meio do nome das coisas religiosamente, e o devagar nosso quebrado, suspiração. Ponteiro, sono dos olhos, vazio nos dedos, o céu lá fora. Pensa: o espelho da flor é amarelo e azul, o espelho da flor é rosa e salgado, é luminoso pra dentro, é arabesco de cabelo selvagem, novelo antigo. Gira: você, terra sob o sol, canta o pássaro de corta-estrelas, rápido. Você torna e retorna, saúde de idéias. Pio coxo da coruja, olho fosco: Mito. Trinado em dobradura do canário, ouvido úmido. Você de dentro dos braços, valsa nas folhagens, desdobra, contorno e farol: Emblema. O nada são, a lagoa tonta, a planta brava, o nenhum: Espera funda. Vozes. Valsa, roda, ele disse, roda, carro de boi, ele disse, mugido lento é prenúncio. Mais a profecia, quente. Vi a ausência, é carvão. Corre? Passa?, eu disse, Como eu dizia?, vale o dorso imenso da pedra, cara de elefante, peso morto. Quando é carcaça, no inverno, pele seca, enquanto. Signo, desvenda e costura, traçado e alinhavo, barra da roupa. Dança e desenho, alcançado das horas, avançado da idade, honra sem pátria, pé sem ímã, oco sem vazio. Nossos. O cheio de silêncio de histórias, lábio de sorriso, exala, solta ar, respira, eu sonhei, você disse. Perna dobrada, destino que não perdoa. Assombra e uiva. É do ontem, acontecido, riscado a giz. Ouro gasto ou tanta faísca, marca-se, não é fazer. É nojo. É nata podre, o você disse, eu bem sei, o vôo sediço ou nem sei. Do pensar sim, o lado de lá. Transversal, infante. Bastão de Hórus, guia da madrugada, arado. Poeira das quatro horas assentada nas várzeas. Charada, xadrez de vezes, vez. Ontem, agora e de dia. Hoje, amanhã e de noite. Motivo, recolho, febre. A ciranda das mãos, fala em tropeço de borbotões, não sussurra, morde a língua? Não escuta, volta de estampido. Cai na palavra foi, na palavra é, na palavra depois, na palavra dois. Curva, torta, deitada e crua. Gosma. Guizo. De raro em raro, de tempo em tempo, de vão a vão. De além, de longe e de preto. De lá de baixo. Pés fora do chão. Atenta, alerta, ouve. Silêncio, fantasma de música. Dá tua mão, valsa, roda e gira, cicio de lusco-fusco, brasa apanhada nas horas. Casca. Mudez ampla, glória de mármore. Sopro. Musgo nas rochas, descida dos deuses, chuva de lembranças, metade não. Sem nomear. Tintura antiga, dentes e pelos afiados de séculos, o nome é tempo. Seqüência. Itinerário. Mapa. Pontos cardeais à vista, margem. Rosa-dos-ventos, rodopio e tempestade, cair não, boiar na superfície dos plânctons, ócio. Saber, dínamo aplicado. Caminho cravado na cabeça. Igual cão. Não sentido, focinho. Códigos. Se diz das gentes, o seco e medido. Se diz dos dias, assombro e sexo, torpeza. Mas o inaudível não, concha. Nas costas da mão, vê? Te dei no frio, não meu, é dom. Toma e respira, sonha. Dança, à frente as bandeiras, minaretes. Paramento branco, máscara de ouro, cavaleiro e brasão, heráldica. Passagens. Pontes e edifícios. Começos. Do novo não, de novo, compasso e áspero das notas. Ruído afogado. Sons. A palavra ainda:
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Waltz dentro do ouvido